Governança à Distância: Nova Prefeita de João Dias, Fatinha de Marcelo, assume virtualmente em meio à insegurança alarmante!

A cerimônia de posse da nova prefeita de João Dias, Fatinha de Marcelo (União), ocorrida na última quarta-feira (1º), foi marcada por um lamento profundo pela insegurança que assola a cidade e o estado do Rio Grande do Norte. Em um ato que deveria ser uma celebração pública da democracia, a prefeita, eleita com 66,8% dos votos após a tragédia que vitimou seu marido, Marcelo Oliveira, e seu sogro, Sandi Oliveira, precisou participar do evento de forma virtual, uma escolha forçada pela falta de segurança.


"Essa vitória não é só minha. Essa vitória é de Marcelo Oliveira, é de Sandi Oliveira, e de cada um de vocês que sonham com uma João Dias mais justa, desenvolvida e cheia de oportunidades", afirmou Maria de Fátima Mesquita da Silva, ressaltando a continuidade do sonho dos que foram assassinados durante a campanha eleitoral.

A realidade enfrentada por João Dias, uma cidade com pouco mais de 2 mil habitantes, expõe um cenário alarmante de falência das estruturas de segurança pública. A nova prefeita não teve a oportunidade de fazer campanha de maneira tradicional ou de celebrar seu triunfo ao lado da população. Em vez disso, inicia sua gestão de forma remota, ausente da sede da prefeitura e da própria cidade, gerando incertezas sobre a efetividade da administração em um clima de tensão e medo.

A questão que paira no ar é até que ponto a instabilidade administrativa e a falta de segurança continuarão a dominar a vida dos cidadãos. É preocupante que, mesmo após um evento tão trágico, não se vislumbre uma resposta adequada do Governo do Estado frente à violência, que parece estar enraizada em várias esferas da sociedade. A pergunta que se coloca é: até quando o povo de João Dias terá que conviver com o constante pavor da violência enquanto sua nova prefeita tenta dirigir a cidade de longe, desprovida da proteção necessária?

A situação coloca em evidência a fragilidade da governança e a grave situação de segurança pública, que prejudica não só a nova administração, mas principalmente a população local, que permanece incerta sobre o futuro de sua cidade em meio a um cenário de crescente insegurança.