Entre as principais reclamações dos deputados estaduais estiveram o atraso no pagamento de emendas parlamentares e a ausência de repasses a empresas terceirizadas que prestam serviços ao Governo do Estado.
Durante a sessão, o deputado Nelter Queiroz (PSDB) denunciou que trabalhadores terceirizados continuam sem receber seus salários, enquanto, segundo ele, a gestão estadual mantém contratos com veículos de imprensa para atacar opositores. "O calote vem do Governo do Estado, que não paga aos terceirizados. Isso prejudica o povo", afirmou.
Nelter também criticou o lançamento de editais de concursos públicos no final do mandato, sugerindo um uso político da medida. Na ocasião, ele defendeu o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), contra acusações de inadimplência, atribuindo ao Executivo estadual a responsabilidade por descumprimentos financeiros.
Outro ponto que gerou discussões foi o pagamento das emendas parlamentares, recursos destinados pelos parlamentares a obras e ações em seus municípios. José Dias (PL) afirmou que o processo é "discriminatório" e cobrou uma isonomia nos repasses. "É só apertar o botão e essas emendas serão pagas", disse.
Para justificar os atrasos, o líder do governo na Casa, Francisco do PT, afirmou que o prazo oficial para pagamento de até R$ 1 milhão por deputado permanece até o dia 10 de julho, embora tenha admitido que há cobranças na Justiça pelos chamados "restos a pagar" de anos anteriores.
Por sua vez, o deputado Tomba Farias (PL) reforçou que o acordo inicial era de R$ 500 mil até 30 de maio e os demais R$ 500 mil até 30 de junho. Segundo ele, o descumprimento desse cronograma explica o descontentamento da bancada.
