De Desinteressada a Jogadora Ativa: a Tática de Marianna Almeida nas engrenagens políticas do RN visando 2026.


A repercussão gerada pela equipe de marketing da prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida (PSD), ao divulgar amplamente um convite extemporâneo recebido pela gestora para integrar a chapa governista/petista em 2026 revela uma ação de caráter estrategicamente político.


Visivelmente deslumbrada ao falar sobre o assunto em uma live nas redes sociais, transmitida simultaneamente por duas emissoras de rádio, Marianna Almeida deixa no ar a impressão de que sua rejeição inicial ao convite para ser vice de Cadu Xavier poderia tratar-se de uma manobra de marketing.

Há quem diga que ela busca apenas uma forte exposição midiática, com o objetivo de fortalecer sua imagem de liderança autônoma e influente, mesmo ciente de que essa postura pode gerar desconfortos futuros com a presidente de seu partido, a senadora Zenaide Maia (PSD).

Por outro lado, essa movimentação também pode indicar uma tentativa de consolidar sua posição local e ampliar sua influência, adotando uma postura diplomática para não prejudicar futuras alianças. Além disso, essa estratégia pode estar relacionada às articulações de Fátima Bezerra, que busca fortalecer alianças no Rio Grande do Norte - incluindo um possível entendimento com Zenaide - numa tentativa de limitar o crescimento dos apoiadores de Allyson Bezerra, atual prefeito reeleito de Mossoró e possível candidato ao governo estadual.

Ao divulgar o convite com uma certa dose de estardalhaço, e inicialmente apenas agradecer pela lembrança de seu nome, a prefeita de Pau dos Ferros revela que sua ação não se trata meramente de um gesto de cortesia, mas de uma manobra de posicionamento político. Seu objetivo seria preservar a autonomia, valorizar alianças e não fechar portas para negociações futuras, especialmente em um cenário estadual cada vez mais polarizado e imprevisível.

Dessa forma, Marianna Almeida demonstra estar consciente do jogo político em andamento e busca assegurar sua relevância no processo decisório que se desenha para 2026.