No Senado, José Agripino crítica omissão dos governos no combate à Seca do RN.


Em discurso na tribuna do Senado nesta terça-feira (07), o presidente nacional do Democratas, José Agripino, voltou a criticar a omissão dos governos para a seca no Rio Grande do Norte. 

O senador, que participou, no último sábado (04), de encontro com a bancada federal e lideranças políticas na cidade de Caicó para discutir o quadro hídrico do Estado. garantiu que unirá forças e cobrará do Executivo federal providências para a estiagem no RN. 

"Caicó, capital do Seridó Oriental, vive um momento de seca, de aflição com o desemprego, de dificuldade na pecuária e agricultura e se vê aflita pela inexistência de atitudes do governo que possam proporcionar o mínimo de expectativa para a população", disse Agripino. "Os governos estão ausentes quanto à expectativa da população, que quer perfuração de poços, alocação de recursos para carro-pipa, construção da Barragem de Oiticica e ração animal porque o gado está morrendo de fome. Não estou vendo nenhuma providência efetiva por parte do Poder Executivo", criticou.

O senador lembrou ainda que Caicó é abastecida por três açudes: Itans, Passagem das Traíras e Piranhas-Assu, todos com nível baixo de água. "A seca no Nordeste é tal que o Rio de Piranhas-Assu, que abastece a Barragem de Assu e de Coremas, vai cortar toda água de irrigação e deixar um filete de água de beber. Mas, neste momento, por defeito das comportas de Coremas, até o filete de água do rio Piranhas-Assu estava cortado e Jardim de Piranhas e Caicó estão sem condições de puxar água de beber".

Além de Caicó, José Agripino disse que a situação de Currais Novos também é preocupante já que não há alternativas para distribuição de água na cidade. "Enquanto Caicó tem pequenas alternativas de água, o município de Currais Novos não tem perspectiva alguma. A Barragem de Gargalheiras está com nível de água morto. Da reunião de Caicó, eu saí muito mais preocupado do que entrei porque, na esfera federal, não se exibiu nenhuma solução para a seca", disse Agripino. "Vamos fazer um elenco de providências e fazer a pressão devida nos órgãos federais e ministérios. Vamos bater firme porque, se não o fizermos, vamos nos deparar com uma situação de absoluto descontrole", acrescentou Agripino.