Henrique Alves e Robinson Faria voltam a "trocar farpas" via imprensa.


Parece que o governador Robinson Faria (PSD) e o ministro Henrique Alves (PMDB) ainda não superaram as mágoas geradas a partir dos embates fervorosos deflagrados pelos dois na última campanha eleitoral.

Uma prova disso é que ao conceder entrevista a um programa de rádio em Natal, o governador Robinson declarou que o ministro Henrique não tem sido parceiro do Estado. O chefe do Executivo estadual ainda acusou o ministro de usar critérios políticos para a destinação de recursos federais.

"Ele (Henrique) está direcionando as verbas do Ministério do Turismo para as prefeituras ligadas politicamente a ele, onde foi votado para governador". Ele critica, mas na hora do ministério ser parceiro do Estado [cadê?]. Até agora eu não vi essa parceria", disse Faria.

Em resposta, Henrique Alves disse (ao portal nominuto.com) ter ficado 'estarrecido' com as declarações do governador  e considera que Robinson demonstra desinformação. "O dinheiro beneficiou 27 municípios do Rio Grande do Norte, entre os quais Assu e Macaíba, cujos prefeitos não votaram em mim. São medições antigas de obras que estavam represadas na Caixa Econômica Federal em todo o Brasil. Foram liberados cerca de R$ 4,5 milhões para o Estado de um total de R$ 60 milhões no país", informou o ministro que ainda acrescentou o seguinte: "Não acredito que o governador tenha falado isso por má-fé. Não acredito".

Sobre outra insinuação de Robinson, que acusou o rival de ainda está com o palanque montado, Henrique afirmou que não está com discurso político. "A eleição acabou para mim há muito tempo. Quem parece manter o discurso político é o governador, mas eu não quero polemizar com ele. Tenho trabalhado muito pelo Rio Grande do Norte", finalizou Alves.

Comentário do Blog: Como todos podem perceber, as querelas atuais protagonizadas via imprensa por Robinson e Henrique não passam de resquícios emocionais do último pleito estadual. 

Desta forma, não consigo enxergar algo de propositivo neste duelo verbal, apenas revanchismos infrutíferos e que não contribuem em nada para o progresso do RN.

Enquanto a política do "nós versus eles" persistir em terras potiguares, a população continuará a sofrer com problemas graves e que só serão dissipados com um engajamento coletivo da sociedade.

Está na hora da classe política começar a dar bons exemplos.