De forma inédita, nesta reta final da campanha eleitoral em Pau dos Ferros todas as atenções se voltaram para as publicações do Diário Oficial do Município que, a cada dia, estão revelando uma verdadeira debandada no quadro funcional da gestão Fabrício Torquato.
Somente nesta terça-feira (20), cerca de 10 servidores oficializaram o desligamento da municipalidade (Veja AQUI), segundo informações, por se posicionarem de forma favorável à candidatura oposicionista de Leonardo Rêgo (DEM), algo que, indubitavelmente, tornaria insustentável a permanência destes em um ambiente de trabalho conturbado pelas mais variadas formas de constrangimento e que, supostamente, estão sendo desencadeadas diariamente nos corredores do Poder Executivo contra aqueles que são taxados como "inimigos ocultos".
De acordo com a opinião de um conceituado jurista ouvido pelo nosso blog (nome será preservado), "não há razões de caráter técnico que justifiquem algumas demissões até aqui consumadas no âmbito da prefeitura local, apenas o abuso do
direito discricionário por parte do gestor municipal de efetuá-las, algo
juridicamente legal, mas equivocado no que se refere à preservação dos
princípios da moralidade e finalidade na administração pública".
Quanto aos funcionários que optaram por manifestar o interesse de se desligarem do Executivo antecipadamente, para que pudessem expressar abertamente o desejo como cidadão de votar livremente em qualquer candidato, o jurista ouvido pela nossa reportagem asseverou que "tal ato é uma consequência de uma legislação anuente com as posturas questionáveis de alguns gestores, que deixam claro aos contratados, já no ato da contratação, a total subserviência como garantia de permanência na função".
Verdade seja dita, não há registro semelhante na história político-administrativa de Pau dos Ferros de tantos casos de servidores sendo demitidos ou solicitando exonerações em plena campanha eleitoral, seja por supostas perseguições políticas ou descrença de continuidade do atual gestor no cargo.
Para alguns, uma sinalização clara de um governo que transcorre em clima de "fim de festa" e que, consequentemente, estaria com os dias contados para terminar.
Será mesmo?
Por via das dúvidas, aconselho: o último a sair apague a luz, por favor!