Maioria dos deputados potiguares escolheram "jogar sujeira para debaixo do tapete"; apenas Zenaide Maia, Rafael Motta e Antônio Jácome foram favoráveis à denúncia contra Michel Temer.

A Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (02), a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB), apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 26 de junho. Eram necessários 342 votos para que o Supremo Tribunal Federal (STF) pudesse continuar as investigações, mas apenas 227 deputados votaram contra o Chefe da Nação. 

A verdade é que, ao longo dos últimos meses, a "quadrilha peemedebista" hospedada no Palácio do Planalto se empenhou em atender a inúmeras demandas de deputados por cargos e emendas parlamentares objetivando, claro, barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República e, consequentemente, empurrar toda a "sujeira para debaixo do tapete" com o arquivamento da investigação.

Entre os deputados que agiram sob a influência do "balcão de negócios" promovido pelo PMDB para salvar Michel Temer estão cinco parlamentares do Rio Grande do Norte, que optaram por acobertar as "traquinagens" do presidente da República. Foram eles: Felipe Maia (DEM), Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Walter Alves (PMDB) e Rogério Marinho (PSD).

Apenas Zenaide Maia (PR), Rafael Motta (PSB) e Antônio Jácome (PODEMOS), aparentemente, não se curvaram às benesses ofertadas pelo Planalto.

Passado o embrulho no estômago causado pelos posicionamentos vergonhosos dos deputados potiguares mais afinados com a "quadrilha peemedebista", resta-nos a esperança de que, nas eleições de 2018, o eleitor demonstre que não tem memória curta e, definitivamente, risque do mapa político aqueles que não honram os princípios basilares que contribuem para a formação de uma sociedade honesta.

Em suma, é isto.