Robinson Faria: um político "camaleônico" que troca de partido como quem troca de roupa. Já passou por seis, só quando chegar no sétimo é que vira conta de mentiroso?


Nos bastidores da política brasileira, poucos nomes representam de forma mais evidente a naturalidade com que alguns políticos trocam de legenda do que o ex-governador e atual deputado federal, Robinson Faria. Aos olhos de observadores atentos, sua trajetória reflete um comportamento movido mais por conveniências do que por compromissos ideológicos sólidos.


Desde 1980, Robinson Faria acumula passagens por diversos partidos: PMDB, PFL, PMN, PSD, PL e, atualmente, o PP. Seu percurso parece mais uma busca pelo domínio de espaços políticos do que uma trajetória baseada em princípios e valores claros. Sua chegada ao Progressistas, legenda liderada pelo senador Ciro Nogueira, foi anunciada nas redes sociais, nesta quarta-feira (11), acompanhada de declarações de entusiasmo e promessas de contribuir para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e do Brasil. 

Ao analisar o histórico do parlamentar, é evidente que suas trocas partidárias não seguem um padrão ideológico perceptível. Robinson Faria parece agir mais de acordo com as oportunidades que surgem do que com um projeto político coeso. Essa ausência de uma linha de atuação clara reforça a impressão de que suas mudanças são motivadas mais por interesses pessoais do que por convicções políticas meramente republicanas.

A entrada no PP, por exemplo, levanta questionamentos sobre os interesses envolvidos nessa decisão. Independentemente do motivo, é incontestável que esse tipo de estratégia tem um prazo de validade. A "maré" pode virar a qualquer momento.

Se há algo que fica evidente nesse cenário, é que o jogo político brasileiro ainda carece de regras mais transparentes, capazes de coibir trocas constantes que, muitas vezes, parecem mascarar a falta de princípios e de uma linha de atuação consistente. 

Enquanto isso, políticos como Robinson Faria permanecem como um exemplo vivo dessa prática, deixando uma dúvida no ar: até quando continuará "pulando de galho em galho" na esperança de encontrar seu próximo respaldo?